A Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII, desencadeou uma nova realidade para a sociedade mundial. O desenvolvimento e avanço em todos os campos atuantes do homem deixou de possuir crescimento linear, tornando-se exponencial, proporcionando, assim, um aumento na qualidade de vida mundial em nível jamais observado na história. No entanto, este progresso acarreta em diversos obstáculos, relacionados ao uso excessivo de recursos naturais, os embates éticos e morais sobre o limite do progresso, a elevação exacerbada de emissões de gases estufa, entre outros fatores, cujas realidades tornam necessário uma análise profunda em busca de um progresso mais “humano”. O desenvolvimento do capitalismo, indiscutivelmente, permitiu que a população mundial alcançasse a marca de aproximadamente 7 bilhões de pessoas, continuar progredindo em todos os campos tecnológicos e aumentar infinitamente a riqueza geral. O obstáculo sobre este desenvolvimento está relacionado ao fato de ele ser extremante desigual e pautado sempre em interesses particulares, desconsiderando o coletivo. A moralidade social está se tornando um instrumento do próprio mercado, abandonando seus valores e direitos naturais sobre cada ser humano, em prol da individualidade cada vez mais exposta. A relativização da moral e da ética dentro da estrutura da sociedade contemporânea permite, então, a falta de responsabilidade da sociedade para com o indivíduo, mesmo que este esteja em condições desfavorecidas. “É espantosamente óbvio que nossa tecnologia excede nossa humanidade”, frase de Albert Einstein, que expressa o fato de o progresso humano ter abandonado o foco humanitário, para tornar-se apenas um gerador de riqueza. A ausência de coletividade do pensamento atual, torna-se, portanto, o principal inibidor da busca pelo desenvolvimento em prol da sociedade, cujo conjunto torna-se insustentável na filosofia moral atual. Ao analisar os fatos, torna-se necessário, por conseguinte, a ação do Estado e da Sociedade para a correção deste comportamento. O Ministério da Educação deve implementar políticas nas escolas voltadas para o desenvolvimento de espírito coletivo, como palestras e aulas sobre comportamento social, ministradas por especialistas. É dever dos pais tutelar seus filhos com base em respeito e responsabilidade para com o próximo, ensinando o jovem indivíduo sobre os limites de sua individualidade sobre o coletivo. Por final, torna-se necessária a implementação de controle do Estado sobre os problemas gerados pelo desenvolvimento descontrolado atual, como defendido pelo sociólogo Émile Durkheim, que aponta os problemas da sociedade como resultados da falta de normatização.