Título da redação:

O custo do progresso

Tema de redação: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 07/08/2016

O surgimento e desenvolvimento do sistema produtivo capitalista possibilitou dois fenômenos dos mais expressivos na história da humanidade: alavancou o progresso tecnológico e melhorou a qualidade de vida. Entretanto, esse progresso mostra seu caráter mais nefasto ao transcender a nossa humanidade e acentuar as desigualdades. Nesse âmbito, deve-se analisar quem realmente tem acesso ao progresso e quais são os riscos do mesmo. É indubitável que o progresso científico tecnológico se concentra nas mãos de poucas nações. Segundo a pesquisadora Andréia Wolffenbuttel, a lista das 20 maiores economias mostra uma fortíssima concentração da produção, já que esses países respondem por mais de 83% do PIB mundial. Nota-se então que, muitos países subdesenvolvidos são negligenciados ou até mesmo excluídos desse processo de desenvolvimento, tendo que enfrentar sérias crises e deficiências nacionais. Outro aspecto relevante é a constante ameaça de extinção da humanidade e destruição do planeta. A mesma tecnologia que pode salvar vidas está sendo usada como arma de destruição em massa, como exemplo temos a bomba nuclear, a qual muitos países a possuem. Além dessa, os resíduos gerados para sustentar esse desenvolvimento estão causando um impacto ambiental devastador, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a destruição da natureza causa prejuízos anuais de até 8 trilhões de reais. Nesse ritmo, futuramente iremos pagar um alto preço por essas atitudes. Fica claro, portanto, que o progresso contribui tanto para melhorar como para piorar a qualidade de vida no planeta. Deve-se haver a conscientização das pessoas para que Einstein esteja errado quando afirmou: “Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa humanidade”. Os países desenvolvidos em reuniões, como o G7, devem discutir melhores formas de distribuir a tecnologia, para que seu alcance seja máximo. A ONU deve intermediar essas reuniões, afim de que os interesses de todos sejam atendidos. E por fim, ONG’s, como o Greenpeace, devem fiscalizar as atividades desse avanço com o intuito de que não sejam danosas ao meio ambiente e ao planeta.