Desde o Renascimento no século XIV, após o longo período de estagnação científica que foi a Idade Média, a humanidade busca compensar esse atraso, desenvolvendo máquinas e conhecimentos hoje imprescindíveis para o bom funcionamento da sociedade. Porém, muitas vezes, esses progressos embatem com vários princípios éticos. Primeiramente, vale ressaltar que os avanços tecnológicos promoveram inegáveis melhorias na vida do homem. As tecnologias de transporte e comunicação propiciaram otimização do tempo e rompimento de barreiras geográficas, as descobertas na área da medicina proveram a população uma vida mais longa e saudável. Ainda, o desenvolvimento da mutação gênica que, através dos transgênicos, derrubaram a até então temida Teoria Malthusiana. Entretanto, é notável o descaso do homem para com o meio ambiente. Desde o advento da indústria no século XVIII, os níveis de poluição têm aumentado, bem como o número de doenças por ela causada e sua influência nos habitats marinho e terrestre. No mais, o desmatamento e o ataque à biodiversidade, alterando todo o ecossistema de um local e prejudicando não só a fauna e a flora, mas a humanidade como um todo. Além disso, é um fato que os investimentos para o desenvolvimento não ocorrem por igual em todas as áreas que o povo necessita. Um exemplo seria a China que, em um surto de desenvolvimento, tornou-se um país urbano apenas em 2011, sem um planejamento adequado para receber o enorme contingente populacional. Hoje, apesar de ser a segunda maior potência econômica mundial, apresenta elevados índices de desigualdade social e analfabetismo e baixa qualidade de vida, deixando milhares de pessoas às margens da sociedade, muitas vezes vivendo em condições subumanas. Tal fato leva a questionar onde estão os preceitos éticos da sociedade. Vê-se, portanto, que cuidados devem ser tomados urgentemente. Para isso, é importante que órgãos como a ONU apresente posicionamento firme imediato para a proteção ambiental, impondo diretrizes a serem seguidas, com taxas máxima de emissão de dióxido de carbono e metano, e fiscalização ao cumprimento de tais leis, aplicando multas aos países que as transgredirem. Ainda, que as escolas promovam debates e palestras com seus alunos sobre temas como meio ambiente, ética, moral e respeito, auxiliando-os na construção de valores, posicionamento crítico e autonomia consciente.