O século XXI globalizado carrega consigo as ideias de que a humanidade precisa estar sempre avançando, desenvolvendo e lucrando em maiores escalas, com um mercado de trabalho da livre concorrência econômica cada vez mais exigente, competitivo e ágil. Os donos dos meios de produção doutrinam que a sociedade será feliz mediante o progresso que alcançarem cientificamente e financeiramente. O mundo tem conseguido evoluir em quesitos como medicina, renda média, expectativa de vida, acessos à educação, informação e pessoas, moradia, lei trabalhista, tecnologia impactante e em meios de transporte. Entretanto, pobreza extrema, destruição ambiental do próprio planeta que é o único lar seguro para a população, conflitos interestatais, desrespeitos aos direitos universais dos cidadãos, violência, divisão de classes econômicas com desigualdades e a exclusão de indivíduos são tópicos que não foram extintos pelos seres humanos. Assim, todos esses tipos de progressos ainda não impediram as pessoas de terem infelicidade e falta de tranquilidade psicológica, física e sentimental. Esse contexto desenvolvimentista ainda tem facilitado o aumento das notificações de problemas como depressão, consumo compulsivo e endividamento, estresse, solidão, transtornos psiquiátricos, sedentarismo, dependências tecnológicas e problemas ecológicos, que estão sendo as marcas da população atual. A espécie humana encara diariamente questões que afetam a sua sobrevivência com qualidade. Portanto, sempre surgem novas dificuldades que a humanidade tenta solucionar usando a ciência e o dinheiro, para enfim obter a felicidade plena tão idealizada. A sociedade tem se tornado refém desse ciclo sem fim, já que precisa inovar para facilitar as suas vidas interminavelmente, com isso, problemas novos aparecem e antigos nunca são solucionados. Mais indústrias, corporações, robôs, tecnologias nano, genética e enriquecimento não têm sido suficientes para suprir todas as carências humanas. Os cidadãos precisam compreender que é preciso avançar em solidariedade, amor, compaixão ao próximo e respeito, pois, a paz geral nas relações interpessoais é uma evolução enorme. É necessário produzir mais diálogo entre nações, corporações e proletariado para encontrar um equilíbrio financeiro e ambiental, que traga menos desigualdades socioeconômicas, além de diminuir crimes, mortes, doenças e pressões de um sistema econômico explorador. Ou seja, tópicos básicos devem ser resolvidos inovadamente para que criações científicas não tragam consigo mais mazelas.