O homem moderno foi concebido à partir do século XVIII com grandes influências da corrente filosófica iluminista e da primeira revolução industrial.O iluminismo considerava que o progresso científico era o principal elemento para a evolução da sociedade e,ao mesmo tempo,introduzira um novo código moral independente da religião.Contudo,três séculos se passaram,a evolução na organização social realmente veio,no entanto,a degradação da natureza,o consumismo e o enfraquecimento de valores morais e espirituais fazem parte do lado negativo desta equação e precisão,urgentemente,ser reavaliados. Nessa perspectiva,uma das questões mais difíceis de ser resolvida é a da saúde do nosso planeta .Atualmente,muitas pessoas declaram-se ambientalistas e que a vida do planeta é prioridade,porém isso é uma visão muito rasa da questão porque esquecem do outro lado da moeda:a geração de atividade remunerada.Por essa razão, que o modo de vida capitalista em que vivemos é muito complexo,por exemplo,se o número de automóveis(um dos grandes responsáveis pela emissão de gás poluente CO2) fosse reduzido abruptamente ,consequentemente,reduziria o número de empregos nessa indústria e nas indústrias de base, gerando um desemprego estrutural, prejudicando a vida de milhões de pessoas assim. Além da questão ambiental,há outro aspecto muito importante:a supervalorização das posses materiais e do consumo em detrimento de questões morais e transcendentais ao homem.Neste caso,o consumismo relaciona-se diretamente com o progresso científico,pois um fomenta o outro,o capital das vendas é usando em pesquisas e as pesquisas criam novos produtos para o mercado.Por isso,Infelizmente,dentro desse ciclo tão bem definido que é a roda que move o mundo moderno,gradativamente,menos espaços restam para a reflexão,o culto à arte,à filosofia e à elevação do espirito. Diante do exposto,portanto,é necessária uma reconsideração por parte das grandes autoridades mundiais sobre o que vem a ser o verdadeiro progresso e o seu custo-benefício.Os Governos das grandes nações como EUA,os BRICS e as potências europeias precisam entrar em um consenso ,através do poder estatal,para estabelecer limites sobre o progresso equivocado de maneira mais uniforme possível,por exemplo,o uso de defensivos agrícolas danosos para o meio ambiente,desmatamento abusivo das florestas,questões da genética que possam ferir a ética científica e a dignidade humana.Por fim,o indivíduo precisa voltar a buscar na filosofia,nas artes e na religião a sensibilidade que eleva a alma e faz alcançar as riquezas abstratas e subjetivas,pois ,apenas assim,construiremos uma sociedade que progride moralmente,culturalmente e cientificamente com sabedoria e harmonia.