Título da redação:

A estreita relação entre progresso e opressão

Tema de redação: O progresso: entre o científico e o moral

Redação enviada em 12/06/2016

Desde o advento da Revolução Industrial e da disseminação da lógica capitalista no mundo, os avanços científicos, estimulados pela disputa por influência e mercado consumidor, se desenvolvem vertiginosamente. Concomitantemente, o progresso opressor e desigual faz com que os benefícios oriundos das novas tecnologias transformem o meio em uma rede de disputas morais e sociais que nunca encontram uma sustentabilidade e acabam por comprometer o futuro da humanidade. A lógica do desenvolvimento humano sempre foi pautada na segregação e consequente relação dominante/subordinado. Logo, enquanto alguns países desfrutam de avanços tecnológicos e incentivos a pesquisas, outros se caracterizam por um mercado voltado as commodities e a dependência externa. Devido a esse e outros fatores criam-se realidades culturais diferentes que irão, por exemplo, embasar opiniões conflitantes a respeito dos avanços da ciência genética ou robótica. Ademais, esses assuntos não são de conhecimento e desfruto geral, o que acirra ainda mais as desigualdades e a facilidade com que a massa é oprimida. O contato do homem com a possibilidade de progresso rápido dá início à décadas em que os problemas ambientais se acentuam indiscriminadamente. No entanto, esses problemas afetam de forma majoritária as camadas periféricas da sociedade, que estão em contato mais direto com condições insalubres e não recebem os voluptuosos lucros adquiridos com toda essa degradação ambiental. Infere-se nesse caso o caráter opressor e segregador do progresso, que além de comprometer as futuras gerações, cria um ambiente de instabilidade social e moral ao privar parte da sociedade das inúmeras possibilidades das novas tecnologias, que são cada vez menos voltadas para a atenuação das desigualdades vigentes. Os governos mundiais devem incentivar o bem-estar comum por meio da criação e financiamento de ONG’s com poder de atuação global que identifiquem investimentos emergenciais a serem feitos em prol do combate às injustiças sociais. Além disso, as empresas privadas devem investir no desenvolvimento de tecnologias de baixo custo que possam auxiliar países mais pobres a se desenvolverem social e economicamente. Por fim, os próprios indivíduos devem procurar sempre se informar sobre novas tecnologias e seus impactos na sociedade, desenvolvendo assim um pensamento crítico a respeito das mudanças ocorridas no meio.