Em pleno século XXI, com a era da globalização, a sociedade muda constantemente, devido aos avanços científicos. No entanto, muitas vezes, as inovações científicas vão muito além deixando de lado a moral dos indivíduos, a bioética. Primeiramente, é válido ressaltar a valiosa importância das projeções científicas para a humanidade, principalmente, na área da saúde pública, com grandes avanços podendo curar doenças ou pessoas em estado terminal. Como o caso recente da “pílula do câncer” descoberta pelos estudantes de química da USP- Universidade Paulista-, a famosa “fosfoetanolamina” que curou alguns pacientes com câncer, em estado terminal, mas até que ponto confiar em algo novo que possa trazer malefícios à saúde e ferir a moral dos usuários? Fica claro, um grande problema que assola a sociedade, o “analfabetismo científico”, a confiança suprema, na cura, sem levar em conta o efeito placebo. Paralelamente, é necessário observar que o progresso científico está atrelado a exploração do capitalismo - com as inovações científicas gerando um consumo, obtendo um lucro. De forma clara, por exemplo, escovas de alisamento capilar, adulteradas com formol, as usinas nucleares de Angra que podem gerar um desastre ambiental. Tudo isso está por trás de uma “cortina vermelha” que diz progredir ferindo a bioética – o respeito ao ser humano por meio da tecnologia. Ou seja, o que deveria caminhar para o progresso, torna-se retrocesso, pois o lucro está sempre acima de tudo. É evidente, portanto, que para haver um progresso entre o científico e a moral, é primordial o amadurecimento da população. Isso se daria através do auxílio das escolas, com aulas de atualidades, abordando sobre os efeitos do mundo científico; além de estimular uma capacidade de discernimento, nos indivíduos, a fim de não tornarem seres vulneráveis aos “ataques inovadores”. Outra contribuição importante é a participação do governo, com apoio do setor privado, na criação de uma plataforma de ensino, via internet, a fim de distinguir as novidades científicas, pondo um fim no analfabetismo científico. Além disso, é primordial o investimento do poder público, em investir nos projetos e pesquisas científicas, dando suporte e materiais de laboratórios, nas universidades públicas, a fim de caminhar no progresso com novas invenções que possam, futuramente, surpreender a humanidade.