Diante de diversos problemas que atingem a sociedade brasileira, a crescente fila na lista de adoção de crianças e adolescentes, tornou-se algo a se direcionar as atenções, visto que, devido a conceitos raciais e sociais, mais de 5,6 mil crianças continuam em abrigos esperando serem adotadas. A busca pela criança ''ideal'' transformou essa espera ainda maior. Os casais geralmente chegam aos orfanatos já com um estereótipo definido: muitas vezes preferem crianças brancas a negras; crianças menores de 5 anos ou bebês; deixando de lado aquelas que não convém aos seus interesses. A razão pela qual elas foram parar nos orfarnatos, também influencia muito na decisão. A grande maioria foi abandonada, rejeitada ou sofreu algum tipo de violência; tanto física como psicológica, diminuindo mais ainda suas chances de conseguir um novo lar. Um dos grandes desafios, também, é todo o tratamento psicológico que a criança irá necessitar. A adaptação a uma nova família e rotina não é fácil, e muitas acabam por serem devolvidas por não se adequarem ao seu novo estilo de vida. Isso acaba gerando novos traumas para ela, e o pensamento de que jamais irá se encaixar nos padrões exigidos. Entretanto, muitas vezes estes padrões e estereótipos são quebrados, e o sentimento prevalece sobre eles. Diversas crianças e adolescentes puderam sair de orfanatos graças ao amor e compaixão de pessoas que se demonstraram dispostas a dar-lhes uma nova oportunidade de vida, embora seja um processo demorado e burocrático. Logo, é necessário o incentivo da adoção, por parte de campanhas e projetos sociais, onde envolvam todas as crianças sem distinção de faixa etária ou raça. A devida atenção e o tratamento correto a elas, poderá fazer com que essa longa lista de espera venha a diminuir, proporcionando uma vida melhor e repleta de oportunidade para todas.