Título da redação:

Um 'deficit' da adoção no Brasil

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 24/07/2016

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 8 mil crianças e adolescentes estão aptos à doação no Brasil. No entanto, 80 mil delas vivem em abrigos e 5,6 mil não encaixam no perfil procurado pelos por aqueles que querem adotar. Um dos desafios mais corriqueiros quando a questão trata-se da adoção é chamada: burocracia. É um processo demorado que exige muita atenção de ambas as partes: tanto dos futuros pais, quanto da própria Vara da Infância (primeiro local onde começa o processo adotivo). Além disso, para se adotar uma criança no Brasil, necessita-se de toda uma documentação e avaliação psicológica, ter idade maior que 21 anos; caso todo esse processo for aprovado, ainda deverão passar por um período de adaptação com acriança desejada: a chamada guarda temporária. Perante isso, segundo o secretário-executivo do Comanda, se o adotante for aprovado, será iniciado o processo da guarda da criança na Justiça, e assim que o processo for efetivado, cabe ao juiz encerrar a sentença com a provação ou não da adoção. Ademais, outro fator que pesa muito em meio ao âmbito adotivo é que a maior parte das famílias ou indivíduos solteiros que pretendem adotar, preferem bebês e esses futuros pais buscam por crianças brancas, contudo, 87,42% das crianças aptas a serem adotadas têm mais de cinco anos sendo 67,8% delas não brancas. O que cria um ‘déficit’ de crianças adotadas, causando superlotação em orfanatos em todo o país. O Brasil tem em enfrentado vários problemas em relação a adoção homoafetiva, e isso acarreta ainda mais na dificuldade em tirar essas crianças e jovens das ruas. O problema do preconceito causa ainda mais dificuldades, por outro lado, graças a decisão do Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo e com essa decisão, casais homoafetivos devem se beneficiar no instituto da adoção. Em suma, o que deve-se ser feito para que esse caso de ‘déficit’ seja amenizado é além do Cadastro Nacional da Adoção (lançado no dia 29-04-2008 pelo Conselho Nacional de Justiça), que agilizará os processos no país, é a implementação de campanhas anuais de incentivo a adoção do Instituto da Criança e do Adolescente, juntamente em parceria com o CNJ, ONGs e instituições adotivas no país para abrir espaço em instituições privadas e públicas sobre como adotar e a importância que se tem de adotar e tirar das ruas e desses lares, tanto crianças, quanto jovens que sonham em ter uma família, independente da orientação ou não de seus futuros pais.