Segundo Washington de Barros Monteiro, o ato de adotar teve origem na era romana, época na qual o indivíduo sem descendência buscava realizar seu sonho de ter um filho para continuar seu nome e garantir o culto espiritual da família. Atualmente no Brasil, as conquistas e desafios da adoção têm estado em pauta e é motivo para muitas discussões, visto que o número de crianças a serem adotadas cresceu vertiginosamente, onde 2 em cada 3 destas são negras ou pardas, e cerca de um terço dos pretendentes só aceita crianças brancas. um cenário que exige mudanças em curto prazo. Podemos perceber também que novas constituições familiares estão sendo formadas, mudando radicalmente o paradigma, de que a adoção só podia ser realizada por famílias tradicionais. Em 2015, foi reconhecido pelo supremo tribunal federal, o direito de um casal homossexual adotar uma criança, conquista que veio contribuir para diminuição dos números da fila de espera. Entretanto, é inferior a 1% o índice de pessoas prontas a adotar adolescentes (acima de 11 anos), que por sua vez respondem por dois terços do total de cadastrados pelo CNJ. Outro fator que impede a saída de crianças e adolescentes das instituições de acolhimento, além da questão racial que persiste, é a falta de disponibilidade dos pretendentes a adotar mais de uma criança por vez, sendo que 76,87% dos adotandos possuem irmãos que estão na mesma situação de espera. Diante dos argumentos supracitados, medidas fazem-se necessárias para reverter esse cenário. O amor deve ser mais forte que a cor ou idade dessas crianças, portanto quem tanto quer ganha-las não deve se importar com tais fatores, mas com a educação que pode ser atribuída através da vivência desse novo membro em sua família, portanto conscientização, que pode ser propagada de várias maneiras pelas formas de mídia, e solidariedade se fazem necessárias a fim de minimizarmos esses números e deixarmos um mundo um pouquinho melhor.