Violeta é uma personagem fictícia do filme: “os incríveis”, que tem o poder de ficar invisível quando necessário. Análogo a isso tem a questão das crianças fora do padrão desejado na fila de espera por adoção, infelizmente, ao contrário de Violeta essas crianças e adolescentes não podem simplesmente tornar-se visíveis aos olhos dos possíveis pais adotivos. Desse modo é necessário analisar a problemática a fim de erradicá-la. A priori, um impasse para adoção são os padrões físicos impostos, os adotantes geralmente preferem crianças claras e saudáveis. Por exemplo, segundo a Vara da Infância o número de crianças negras adotadas só foi maior que o número de crianças brancas uma vez no Distrito Federal. Em adição, isso se deve porque o sistema de adoção brasileiro permite que os adotantes busquem crianças com bases em características pré-estabelecidas. A posteriori, Segundo dados do Conselho Nacional da Justiça a maior parte das pessoas dispostas a adotar uma criança não querem adolescentes ou alguém que tenha irmãos. No entanto, essa idade pré-estabelecida e a velocidade do processo de adoção tornam-se um problema, pois muitas demoram a ter sua situação jurídica resolvida, podendo voltar à família ou não. Em decorrência disso, quanto mais tempo elas passam sem ter seu futuro resolvido, mais velhas elas ficam e maior as chances de ganharem irmãos. Dessarte, para superar os possíveis empecilhos que podem dificultar a adoção urge que o processo adotivo se torne mais humanizado. Desse modo, o Conselho Nacional da Justiça precisa – antes de selecionar as crianças com base no que os adotantes buscam – apresentar crianças e adolescentes com fotos, vídeos e contar a história deles. Essa medida visa envolver emocionalmente os futuros pais de forma que eles esqueçam os padrões pré-estabelecidos e escolham um filho pela afinidade. Com fito de que existam menos “Violetas” nas filas de espera por uma família.