Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 02/09/2016

O dinamismo familiar, a inserção da mulher no mercado de trabalho e questões atreladas a esterilidade são os principais fatores que trazem à tona uma questão muito discutida na atualidade: a adoção. De fato, com o passar dos anos, o número de casais que optam pela perfilhação vem crescendo gradativamente. Nesse ínterim, em contrapartida ao enorme interesse por parte de alguns indivíduos, desafios durante e após o processo adotivo ainda precisam ser superados. Em princípio, embora haja uma grande procura, o número de crianças nos abrigos ainda é exorbitante, visto que, paralelamente à enorme busca, há uma enorme exigência por parte dos indivíduos que procuram. Prova disso foi um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça, no qual consta que apenas 3% dos casais que pretendem adotar optam por crianças de 8 a 17 anos, alegando preferirem participar do crescimento do filho. Contudo, os que são ignorados fazem parte da maior parcela das crianças nas casas de adoção, fazendo com que o número de não adotados permaneça grande. Além disso, sabe-se que é atribuída ao ato de adotar, erroneamente, uma conotação romântica, quando, na verdade, o mesmo deve ser tido como um ato racional. Um aspecto que ilustra bem essa premissa é o fato de casais optarem pela adoção sem antes pensarem nas consequências advindas disso. Uma dessas consequências é o forte acompanhamento psicológico que deve ser dado às crianças recém adotadas, tendo em vista o passado conturbado que a maioria delas vivenciaram. Frente a esse cenário mais racional e menos idealizado, diversos casais não conseguem lidar com tais problemas, submetendo a criança a um segundo abandono. Em suma, entende-se que a questão acerca da adoção ainda carece de mudanças e, para isso, cabe ao Governo Federal a criação de um projeto de lei que obrigue os futuros pais adotivos a passarem por acompanhamento psicológico antes e depois do término do processo, com a presença do filho nos acompanhamentos posteriores ao término. Ademais, seria interessante se a Mídia, financiada por ONGs e pelo governo, veiculasse propagandas na TV aberta, a fim de conscientizar os indivíduos, mostrando que crianças mais velhas também carecem de um lar e de afeto. Dessa forma, os problemas seriam gradualmente sanados e cada vez mais lares ficariam repletos de famílias felizes e satisfeitas.