As barreiras do processo adotivo brasileiro A adoção no Brasil ainda é um processo longo e burocrático. Apesar do número de pessoas com desejo em adotar ser maior que o de crianças e adolescentes na fila de espera, a taxa de adoção anual é extremamente baixo, pois existe um alto nível de seleção dos pretendentes e a demora por parte da justiça. A cada adoção realizada, concretiza-se uma conquista, pois o adotado recebeu um direito seu, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o de possuir um lar. Mas para que isto se efetue, o menor deve enfrentar o alto grau de distinção que muitos adotantes impõe, pois há maior preferência por crianças de até três anos de idade, brancas e sem qualquer deficiência. Porém, a realidade nos orfanatos é outra: mais da metade das crianças estão acima dos quatro anos, são mulatas ou negras, possuem deficiência física ou menta ou possuem irmão. Além deste fator negativo por parte dos que querem realizar a adoção, existe ainda a demorada da justiça em concedê-la, processo que chega a durar anos e tem, como principais fatores o baixo número de assistentes sociais e psicólogos, agentes importantes entre a justiça e os futuros pais. Entende-se , portanto, que apesar dos lares já conquistados para milhares de crianças, no decorrer da existência do processo de adoção brasileiro, outras inúmeras ainda enfrentam obstáculos impostos ou pelos adotantes ou pelo Conselho Nacional De Justiça. Afim de atenuar estes problemas, os futuros pais devem deixar de lado tais parâmetros de beleza e o Governo Federal, promover mais concursos públicos de forma a adquirir mais profissionais capacitados para acelerar o processo de adoção como juízes, psicólogos e assistentes sociais, ações que garantiram lares para aqueles que mais desejam.