"Adotar é acreditar que a história é maior que a hereditariedade, que o amor é mais forte que o destino”, frase dita por Lídia Weber. Atualmente, foi decretada no Brasil, a Lei n° 12.010 Nacional de Adoção que tem por objetivo agilizar o processo adotivo no país . Segundo dados do Jornal G1, 5 mil crianças aguardam por uma família em abrigos de todo o Brasil, pois mesmo com a criação da referida lei, ainda não é o suficiente para a redução desse lamentável índice. É importante salientar que com os avanços da Medicina aliada a Biotecnologia, uma parcela da sociedade deixa a adoção para último plano . As novas técnicas como a fertilização "in vitro " ou o famoso (bebê de proveta ) e a inseminação artificial são as técnicas mais procuradas por casais de classe média alta . Todavia, quando a medicina não supre essa necessidade , a saída para realizar o sonho de ser pai ou mãe é a adoção, mas infelizmente as exigências são inúmeras, sempre priorizando crianças brancas, com menos de 2-3 anos e despriorizando órfãos que possuem outras etnias, com idade acima dos 6 anos, ou com algum problema físico ou mental . Também é fundamental apontar que o poder público relata que todas as crianças têm direito a uma família . Entretanto, a distância entre o que se diz e que se faz no Brasil é imensa, porquanto os órgãos responsáveis são totalmente desorganizados, ora por falta de estrutura para atender com agilidade todos os processos, ora por muita burocracia, principalmente nas áreas da infância e da juventude em que a Constituição de 1988 e o ECA (Instituto da Criança e do Adolescente ) devem ser prioridades. Por conta disso, o processo adotivo no Brasil é demorado e burocrático, o que agrava a situação para as crianças acima dos 6 anos, pois apenas 4% delas conseguem ser adotadas, já que faltam medidas públicas que incentivem a adoção tardia. Portanto, é necessário um remanejamento no processo adotivo do país . Fica premente que o poder Judiciário deva ser mais flexível e mais ágil com os processos de adoção, já que o tempo é algo preciso para as crianças . Além disso, a mídia televisiva tem um papel fundamental e poderá criar campanhas que incentive a sociedade a adotar crianças e adolescentes de outras etnias ou com doenças físicas ou mentais . Dessa forma, será possível reduzir o número de crianças em abrigos e de famílias que esperam a realização do sonho de ter um filho .