Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 19/07/2016

É notório, atualmente, uma grande quantidade de brasileiros decididos a adotar, entretanto, ainda têm-se muitas crianças e adolescentes em orfanatos e instituições de adoção à espera de uma família. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, gerando paz em todo o mundo, houve um aumento da taxa de natalidade, transformando-se em um grande número de órfãos, fato que persiste até os dias de hoje. Com isso, surge a problemática da persistência do número de crianças e adolescentes em orfanatos, ainda que haja, um governo participativo no que diz respeito à adoção e o interesse de muitos brasileiros a adotar. Sabe-se que o governo brasileiro se responsabiliza por viabilizar o processo adotivo, pois a Constituição Federal nos garante o direito à família, porém o processo apresenta-se extremamente burocrático, impossibilitando, por exemplo, a adoção de crianças e adolescentes com diferença de idade de menos de 16 anos dos adotantes, dessa forma, impondo a famílias mais novas a apenas adotarem crianças com pouca idade, o que indica o quanto a legislação brasileira no que se trata de adoção, está incompatível com a realidade atual. Além disso, a maioria dos interessados em adotar exige um fenótipo específico. Crianças com idade inferior a um ano e brancas são as mais desejadas, embora crianças nesse perfil represente a minoria em orfanatos e instituições de adoção. Apesar de o Brasil ser um dos países mais miscigenados do planeta, o mesmo ainda não aceita as diferenças. E além das exigências da raça e idade, ainda há outro ponto que dificulta na adoção: crianças com algum tipo de deficiência, pois essas são as que têm menos chances de serem adotadas. Sendo assim, o Brasil retrata atualmente, um país em que o número de crianças e adolescentes órfãos a espera de uma família, permanece alto em decorrência de um pensamento preconceituoso em consonância a uma legislação desatualizada. O governo necessita reformular as leis de adoção, para que adultos mais novos possam adotar crianças de mais idade. É preciso não apenas a psicologia jurídica, porém também, mais psicólogos em orfanatos. Projetos, palestras, através de ONGs e instituições de ensino, envolvendo os pretendentes em adotar, conscientizando-os sobre a realidade atual de forma a lutar contra o preconceito construindo novos valores para esta sociedade.