Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 30/08/2018

Desde a Antiguidade, os egípcios, romanos e persas praticavam a ação de adoção, acolhendo crianças como filhos naturais no seu setor familiar. Essa atitude, ainda persiste nos dias atuais, entretanto, no Brasil o sistema de adoção vem gerando bastantes desafios, isso se deve à exigência das pessoas que buscam adotar, quanto à cor de pele, idade e inúmeras outras particularidades de padrão de beleza, a qual muitas vezes pode causar devolução. Inicialmente é válido ressaltar que a questão de estereótipos por parte dos adotantes é o principal desafio para a adoção de crianças no Brasil. Tal iniciativa acontece em virtude de um preconceito culturalmente enraizado, de modo que pode ser visto na atitude dos interessados pais quando expressaram sua preferência, geralmente por crianças brancas e recém- nascidas. Acerca dessa discussão, o cientista Albert Einstein alegou que seria mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito, por conseguinte, percebe-se que a ação de segregação racial na hora de adotar somando junto com o desejo de infantis de zero a seis anos, como resultado diminuir as suas chances de serem inseridos em uma nova família. Igualmente, há dificuldade na relação dos pais com seus filhos após a adoção resultando na devolução de crianças, o que é um desafio muito recorrente. Isso acontece, devido à forte expectativa dos adotantes para que a criança se encaixe na estrutura familiar oferecida, uma vez que a dificuldade de interatividade e socialização ainda permeia nos primeiros meses depois da adoção. Na concepção do filósofo Jürgen Habermas, a sociedade poderia se organizada a partir da convergência da razão comunicativa, todavia a falta de paciência no processo de adaptação dos juvenis o que acarreta no surgimento de problemas na convivência diária, podendo gerar mais traumas do que os já existentes. Em suma, fica evidente que medidas devem ser tomadas. Sendo assim, o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente deve protagonizar junto com a mídia campanhas que quebrem a visão de preconceito para com idade e raça, para que dessa forma seja possível o maior número de infantes serem estruturados em convívio com uma família. Além disso, a família pode fazer sua parte, optando pelo acompanhamento psicológico para seus filhos, logo após a saída dos abrigos, com a finalidade de estabelecer um diálogo.