Mesmo com tantas pessoas interessadas na adoção, o número de mais de cinco mil crianças ainda é assustador. Esse dado, composto na maior parte por crianças acima dos cinco anos, já é um fato na nossa sociedade. Fatores como a desigualdade etária e a desigualdade racial são fundamentais para a compreensão desse tema. A desigualdade etária está cada vez mais em foco. Nos processos de adoção, estão sempre entre as preferências dos adotantes, as crianças recém nascidas e até os cinco anos. Isso ocorre na maioria das vezes por esses futuros pais acharem que será mais fácil educar uma criança desde cedo. Porém, normalmente, as crianças mais velhas estão sedentas por uma oportunidade e assim, seriam tão bem educadas quanto. Ademais, a desigualdade racial tornou-se comum no cotidiano brasileiro. Além da desigualdade etária, muitas crianças acabam sofrendo também com a discriminação racial. Como o filósofo Maquiavel disse: "Os homens perpetuam seus atos através de seus interesses." E é isso que muitos adotantes acabam fazendo, quanto optam por uma criança branca, às vezes, tendo que esperar até por mais tempo. E qual o motivo disso? Apenas os seus interesses. Portanto, a adoção acaba sendo influenciada pelo interesse do adotante e não pela relação com as crianças. Para ajudar na mudança desse pensamento, o governo deve criar projetos que exaltem o valor da relação humana e a mídia, poderia criar campanhas que valorizem o amor ao invés do interesse.