Desde os tempos antigos a adoção é algo da natureza do ser humano, tal como na Bíblia mostra a adoção de Moises pela filha do Faraó egípcio. Porém, com o desenvolvimento da justiça moderna, se torna muito mais cuidadoso o processo de adoção para não colocar a criança em risco. Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o processo de adoção além de burocrático – para a segurança – é moroso. Onde, tal como afirma o site “AdoçãoBrasil”, este processo gira em torno de dois anos de fila no país, e alem deste, ainda tem o tempo do desenrolar do processo. Fato que devido a demora, leva muitos a desistirem da adoção, tendo um número muito maior de órfãos por puro descaso. Por outro prisma, além da morosidade do processo, as pessoas querem somente aquela criança que esta dentro de tudo que consideram padrão social. No qual, deixam de lado na maioria das vezes as mais velhas de cinco anos e todos aqueles que se diferenciam por etnia do adotante. Porém, adotar não depende de classificações físicas, afinal, como no desenho animado Lilo & Stitch, uma garotinha adota um extraterrestre como irmão e nada impede a felicidade destes. Portanto, tal como o homem já adotava há milênios, não pode ser a pressa um motivo de desistir deste objetivo, pois, por mais que seja lento, é o caminho que garante a segurança do adotado. Logo, no Brasil, a melhor forma de tornar a adoção mais efetiva como um todo é a criação de filas preferenciais de adoção para todo aquele que não sejam maioria no processo de adoção, ou seja, para todo aquele que deseja adotar alguém acima de cinco anos ou de etnias descriminadas na fila tradicional, e alem deste, conscientizar as famílias dessa fila especial por meio de mídia e campanhas que permitam conhecer outras crianças diferentes do padrão, afinal como mostra Carl Segan, somos todos da mesma matéria.