Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 27/06/2016

Cor da pele. Idade do adotando. Essas características interferem diretamente no processo de adoção no Brasil, pois, hoje, apesar de o número de pessoas que querem adotar ser maior que o disponível, encontrar uma criança que se encaixa no perfil requerido pelo adotante é um grande desafio. Não obstante, a lenta burocracia enfrentada torna o processo adotivo cada vez mais díficil de ser concretizado trazendo, assim, graves consequências para a vida daqueles que precisam de uma nova família. É válido analisar, antes de tudo, que encontrar o perfil idealizado por aqueles que pretendem adotar é uma das maiores dificuldades. O Brasil foi colonizado pelos europeus que impuseram a ideia da superioridade da raça branca, porém, mesmo após muito tempo, essa questão ainda interfere na sociedade brasileira e pode ser facilmente percebida quando um grande número de pessoas só aceitam adotar crianças brancas, demonstrando que a cor da pele ainda é um fator de exclusão em muitos aspectos. Além disso, dados revelados pelo Centro Nacional de Justiça expõem que menos de 10% aceitam adotar maiores de cinco anos, contudo, a realidade encontrada nos abrigos é totalmente diferente, visto que, 93% das crianças ultrapassam essa idade. Cabe ressaltar, ainda, que a grande demora nos processos burocráticos é mais um impecilho na adoção. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente a preferência é de que o menor fique com a família, mas , não sendo possível,a destituição familiar deve ocorrer no prazo máximo de 120 dias, porém, na prática esse tempo não é respeitado, uma vez que há um grande número de casos e, em contrapartida, o número de profissionais é insuficiente e aumenta a demora nos processos. Desse modo, a vida do adotando é prejudicada, pois, sem a destituição familiar, não podem ser adotados e quanto mais tempo, menores a chance de encontrar uma nova casa e crescer em abrigos não é o ideal, visto que, diversos danos psicológicos podem ser gerados em uma pessoa que cresce sem uma família. Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas para ressolver essa problemática. O governo, em parceria com a mídia, deve promover campanhas que estimulem a adoção tardia e a procura por perfis que dialoguem a realidade encontrada nos abrigos, dessa forma, todos os grupos passaram a ter chances de adoção e não somente um. Cabe ao poder público aumentar a grade de profissionais para que os casos passem a ser resolvidos de maneira mais rápida e eficiente. Somente assim, todos terão a chance de crescer ao lado de uma família e ter todo um apoio para uma vida melhor.