No Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o índice de crianças rejeitadas e sem lar cresce. Os principais fatores que influenciam esse crescente número são a negligência,abandono e violência, além disso, tem-se os impasses no processo de adoção, como a relevância do esteriótipo da criança e a longa duração dos processo burocráticos exigidos para a prática. Sob tal enfoque, é notório que crianças negras e com mais de cinco anos de idade sofrem com a segunda rejeição, mas essa em âmbito de adoção. Os adotantes, na maioria dos casos, idealizam o perfil dos adotados, fato que justifica a exclusão por questões racial e etárias. Ademais, nessa perspectiva, observa-se o abalo emocional daqueles que se encontram fora dos parâmetros aceitos e a procura de um lar. Outrossim, o Brasil possui demorados processos burocráticos. O atraso para a conclusão do processo, além de serem o motivo da ultrapassagem da faixa etária aceita pelos adotantes, os fazem desistirem da ação ou optarem por meios mais rápido, como a fecundação in vitro e as chamadas ''barrigas de aluguel ''. Sucumbir ao paradoxo, portanto, da criança ideal e agilizar o processo burocrático se faz necessário. Para isso, o Estado deve promover campanhas e eventos que incentivam a adoção sem estereótipo determinado, usando a mídia e as redes sociais para divulgar essa mobilização. Já as ONG's, em parceria com seus voluntários, podem realizar atividades que ''preenchem o vazio emocional '' daqueles que estão em filas para serem adotados. É válido, também, a atuação de profissionais da psicologia, a fim de restabelecer o psicológico abalado dos rejeitados. O Ministério da Justiça, por sua vez, deve empenhar mais funcionários na resolução de casos do gênero , para que minimize a duração da burocracia.