Ao analisar o processo adotivo no Brasil é possível afirmar que, no decorrer dos anos, houve um aumento progressivo no número de interessados em adotar. O sistema brasileiro é burocrático, porém, visa o bem estar tanto das crianças quanto dos novos pais. Sendo a adoção um ato de amor que exige muita responsabilidade é aceitável toda a preocupação do sistema adotivo, mas ele precisa ser revisado. Um grande desafio se mostra na notoriedade de que a maioria dos candidatos preferem bebês ao invés de crianças acima de 5 anos, devido a maior naturalidade em começar uma relação. Isso reflete na atual situação que apresenta mais adotantes do que jovens e crianças aptas à adoção. Sendo grande parte dos candidatos a adotar, casais que por alguma razão, física, opcional ou relação homoafetiva, não podem gerar seus filhos, são simpatizantes de crianças recém-nascidas. Outro fator que dificulta é o fato de que a constituição prevê uma idade mínima de 16 anos entre o candidato e o jovem a ser adotado. Isso faz com que casais na faixa etária dos 20 anos serem obrigados a optarem por bebês. Todavia, o número de interessados que não se importam com a cor da pele da criança aumentou, segundo o Cadastro Nacional de Adoção. É uma conquista louvável que pode demonstrar uma mudança no pensamento das pessoas em relação à cor de pele e a procura por crianças perfeitas. Os casais, maior parte dos interessados, demonstram que quando entram no processo não pensam apenas em si mesmo, mas também na atual situação da criança que pode se tornar futuramente seu filho. Dessa forma, para uma melhora no quadro de crianças a serem adotados, é necessário que o Estado revise a constituição, visto que é preciso diminuir a idade mínima entre os envolvidos, fazendo, assim, que jovens possam ser adotados mais facilmente. Ademais, faz-se necessário o apoio do governo, com campanhas incentivadoras à adoção e que apoie a adoção de meninos e meninas, independentes de cor, raça e idade.