O ato de adoção surgiu na Antiguidade, com intuito religioso. Atualmente, tal prática, está ligada a vontade de formar ou aumentar uma família. Apesar de a legislação ter avançado nos últimos anos, como por exemplo, estender esse direito aos homossexuais, a burocracia e principalmente o preconceito por parte dos adotantes, ainda são barreiras que precisam ser vencidas. De acordo com a Lei da Adoção, uma criança só esta apta para ser acolhido em outro lar, quando esgotadas todas as chances dela voltar para os seus pais biológicos ou familiares. Esse processo deveria durar no máximo cento e vinte dias, contudo, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, dura em média quatro anos. Somado a isso, encontra-se ainda o fato de que os adotantes têm que esperar no mínimo um ano para se concluir a ação judicial. Durante esse período, os jovens atingem faixa etária considerada “superior” a ideal e se tornam os chamados “filhos do abrigo”. No Brasil, dados do CNJ, mostram que há mais de cinco mil crianças propicias a serem recebidas em uma nova família, porém, 87,42% delas têm mais de cinco anos e apenas 6% são menores de um ano. Esta minoria são as principais escolhas para os futuros pais, que ainda exigem as de pele clara e que não tenham sofrido nenhum tipo de violência. Desse modo, muitas delas, permanecem em abrigos por praticamente toda a infância. Diante dessa realidade, é de extrema importância que o governo acelere o andamento de tais processos, contatando mais profissionais para se cumprir os prazos previstos em lei. Ademais, é fundamental a realização de projetos que incentive e conscientize sobre a adoção tardia de crianças e adolescente.