Atualmente no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional da justiça (CNJ) existem cerca de 5469 crianças e adolescentes aptas para a adoção, porém a dificuldade de encontrar um novo lar para elas não é apenas pela alta burocracia, mas também a preferencias dos casais por crianças brancas com menos de um ano de idade. No Cadastro Nacional de Adoção (CNA) cerca de 6% das crianças obedecem ao critério de menos um ano de idade, enquanto o numero de maiores de cinco anos corresponde a 88%, assim com o decorrer do tempo, a esperança dos órfãos de encontrar uma família vai diminuindo, criando cada vez mais a sensação de abandono. De fato, esse cenário nos últimos anos vem se tornando melhor, pois os dados do CNJ demonstram que em dezembro de 2010, 31,4% das 30.378 pessoas cadastradas não se importavam com a raça da criança ou do adolescente a ser adotado. Dois anos depois, a porcentagem cresceu para 37,75% dos 28.780 pretendentes cadastrados, porém o tempo na fila de espera para a adoção pode levar cerca de 3 anos ou mais, podendo levar a desistência do casal. Em suma, o sistema de adoção deve ser mais eficiente, com a agilização da burocracia para as crianças e jovens com a idade mais avançada, além do planejamento de ONGs para a elaboração de campanhas de conscientização, demonstrando que independentes da idade todos necessitam de um lar e uma família unida.