O processo adotivo é um assunto muito pertinente para a sociedade brasileira. Isso deve ser difundido, uma vez que adotar é dar a uma criança ou adolescente a oportunidade de ter um lar, uma família de forma definitiva, com todos os vínculos próprios da filiação. Nesse sentido, dois aspectos se fazem relevantes: a opção pelo fenótipo por parte dos requerentes e a conquista de adoção por casais homoafetivos. De acordo com o artigo 227 da Constituição Federal “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, o direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à dignidade, ao respeito, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Essas informações ratificam que a adoção é um direito da criança ou adolescente de ter outra oportunidade e uma família responsável. Ademais, a discriminação por etnia é um dos principais fatores que impedem o Brasil de ser um dos países de maior adoção infantil do mundo. Além disso, parte dos interessados exigem um fenótipo específico, uma vez que a maior parte da população brasileira é miscigenada, o que torna incoerente a preferência de adotar crianças de raças diferentes. Por outro lado, podemos destacar a maior conquista do processo adotivo no Brasil: o reconhecimento do direito de adoção por casais homoafetivos. A medida foi concebida pelo Supremo Tribunal Federal – STF em 2015. Ainda de acordo com o STF, o conceito de família não pode ser restrito apenas ao casal homem e mulher, pois pessoas do mesmo gênero que vivem juntas também podem constituir uma família, visto que, o importante é essa possuir amor entre si e vontade de ter filhos dando carinho e afeto a esses. Dessa forma, o importante é que haja inclusão social da criança no meio familiar. Dentre os aspectos citados, a adoção no Brasil ainda revela problemas estruturais e culturais. É necessário que a mídia promova campanhas, propagandas e inclua o tema em novelas mostrando a adoção de crianças, principalmente de etnias diferentes. Outrossim, cabe a família influenciar práticas para que o preconceito seja extinto e o respeito seja passado de geração a geração, contribuindo fundamentalmente com a formação de cidadãos mais tolerantes as diferenças na sociedade brasileira.