O processo adotivo é um assunto muito pertinente para a sociedade brasileira atual. Isso deve ser difundido, uma vez que dialogando sobre o assunto pode-se diminuir os tabus e preconceitos existentes. Nesse sentido, dois aspectos se fazem relevantes: primeiro, o preconceito existente no projeto de lei que quer mudar a definição de família em votação na Câmara de Deputados; segundo, os avanços desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Em primeiro lugar, a adoção precisa estar livre de qualquer tipo de tabus e preconceitos. É um ato de amor irrestrito, que não pode estar presa a estereótipos ou condição física, garantindo a igualdade. Porém, o projeto de lei 6583/13 mais conhecido como Estatuto da Família pode vir a tirar a única possibilidade de algumas crianças terem uma, isso ocorre devido a mudança na definição de família, no qual passaria a ser considerada apenas aquelas que fossem formada por casais de sexos opostos, ou um dos pais e descendente. Esse fato acabaria por excluir casais do mesmo sexo das filas de adoção, o que diminuiria a lista de adotantes. Além disso, o projeto se concretizado fará com que ocorra uma diminuição nas adoções, pois casais gays têm menos preconceitos e estereótipos na hora de descrever as características do futuro filho. Desde que foi criado em 2008 o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), tem auxiliado juízes das varas da infância e da juventude cruzando os dados e localizando pretendentes para a adoção. Esse unificou os dados de todo o país fazendo com que crianças e adolescentes de qualquer parte possam ser adotados, ou seja, não é necessário ser da mesma cidade ou estado da futura família. Ademais, os dados do CNA de 2013 mostram que são quarenta e quatro mil crianças e adolescentes acolhidas em abrigos, dessas cinco mil e quinhentas estão em condições para serem adotadas. Sendo, que a lista de pretendentes é de trinta mil pessoas, porém há uma impossibilidade quanto a descrição do perfil do futuro filho a ser adotado. Visto que, grande parte dos adotantes prefere que esse tenha até um ano de idade e de preferência seja branco, o que acaba tornando o processo mais demorado.. Diante dos aspectos citados, são necessárias campanhas publicitárias na mídia falando sobre adoção, essa deve mostrar aos futuros adotantes que não pode haver preconceito na hora do cadastro de adoção. É necessário que os integrantes dessa percebam que a definição de família é amor e união e algumas preferências tornam o processo adotivo mais demorado. Por isso, é importante que o Estado invista em educação, valorizando e capacitando professores, no intuito de formar cidadãos mais conscientes e livre de preconceitos.