Há diversas formas de demonstrar amor a uma criança e adotá-la é uma delas, o processo adotivo, especialmente o de escolha, é o maior desafio que o adotado enfrenta, tendo em vista as particularidades do perfil escolhido pelos adotantes, que em sua maioria, preferem crianças brancas e menores de 1 ano de idade. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estima que nesse processo, para cada 1 criança apta à adoção, há ao menos 6 casais ou pessoas solteiras na fila de espera e cerca de 70% dessas crianças têm idade igual ou maior que 5 anos. Sendo assim, o problema da dificuldade de realizar o sonho de construir um lar para uma criança está na definição do perfil ideal feita pelos adotantes. Todavia, faz-se necessária a definição desse perfil, para que, após algum tempo, a família receptora não rejeite-a, evitando a formação de traumas e transtornos na criança, pode-se, entretanto, estimular as famílias a buscar possibilidades de adotar crianças que saiam desse padrão. Para reduzir a discrepância entre o quantitativo de crianças aptas à adoção e pessoas interessadas em adotá-las, cabe ao governo, em parceria com a sociedade, incentivar a adoção tardia e de pessoas negras, oferecendo acompanhamento psicológico à família receptora antes e após o processo de adoção, inclusão de peças publicitárias na televisão que incentive esse fim. Além disso, continuar apoiando a adoção por famílias que saem do “padrão” tradicional, como as famílias homo-afetivas e por pessoas solteiras. Com isso, esse quantitativo será reduzido.