Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 17/06/2016

Desde a época da colonização, a adoção está presente na história do Brasil. Nesse período, as pessoas com melhores condições de vida, 'criavam' crianças com o pretexto de ajudar aos mais necessitados; no entanto, o menor era tido como mão de obra nessas famílias, e não possuía direitos iguais a um filho biológico. Atualmente, o cenário é outro, a adoção brasileira esbarra em dois paradigmas: as exigências dos casais e realidade dos orfanatos. Tendo em vista a Constituição de 1988, a adoção é uma medida protetiva aos interesses e ao bem-estar da criança, ou seja, ela está muito além do desejo ou da exigência de quem se dispõe a adotar. De acordo com o Cadrasto Nacional de Adoção (CNA), há cerca de 33 mil famílias na fila de adoção, para cada uma das 5,6 mil crianças aptas a serem adotas, porém, esse número não diz inclusão familiar a todas elas, pois, as pessoas que desejam adotar, têm preferência de cor e idade, querem crianças com menos de um ano, com pele branca e saudável. Essas exigências resultam em longos anos na fila de espera, já que o contexto que engloba os centros de acolhimentos é totalmente diferente dos desejos preferenciais dos adotantes. Decerto, a realidade é que há apenas 6% dos internados com menos de um ano, e outros 87,5% têm cinco ou mais anos de vida, e apenas 32% são crianças brancas, segundo dados do CNA. Esse impasse gera uma verdadeira seleção natural, dito por Charles Darwin sobre a evolução das espécies, onde o mais apto sobrevive. Todavia, a adoção é a integração da família, em que tal ato se faz por amor, e não apenas para sanar obstáculos da vida, como por exemplo, a infertilidade. Ao optar por adoção, o casal precisa entender a importância disso na vida do adotado, que é ter uma família que o ame e o torne inteiramente um filho. Em síntese, a adoção no Brasil enfrenta dificuldades que precisa ser vencidas. Portanto, é fundamental que o Ministério do Desenvolvimento Social disponibilize campanhas em todo o país, que vise o incentivo a adoção de jovens adolescentes, uma vez que, a preferência por crianças menores de um ano domina o cenário adotivo brasileiro. Somado a isso, é necessário que as famílias que querem adotar, sejam menos exigentes, assim, o número na lista de jovens e crianças que precisam de um lar, será reduzido rapidamente, resultando dessa forma, em vidas felizes e completas.