Com as duas grandes guerras mundiais e suas incontáveis mortes, muitas crianças perderam os pais e o mundo percebeu a importância do processo adotivo. No Brasil, no entanto, este processo se demonstra ineficiente, burocrático e em consonância com um preconceito cultural que deve ser superado. Primariamente, é necessário salientar a importância da família na construção do caráter e integração do indivíduo na sociedade. Ciente disso, é primordial que crianças e adolescentes possuam ambientes estáveis nos quais possam crescer de forma saudável e com educação. Para cada criança que aguarda adoção, há seis famílias disponíveis e interessadas. A burocracia, todavia, se mostra um grande empecilho para que este processo não ocorra e, assim, medidas são necessárias no âmbito legislativo para corrigir estes problemas. Outrossim, o preconceito é outro fator relevante que impede a adoção de crianças e adolescentes que sejam de diferentes grupos sociais e raciais. Como há uma maior procura em crianças brancas e com idade inferior a um ano, resulta-se em uma seleção adotiva injusta com as outras que desejam ser acolhidas. Além disso, famílias monoparentais e LGBTs são deixadas de lado devido a falta de informação de que essas possam formar ambientes estáveis e seguros. Todo o processo adotivo no Brasil, portanto, deve ser revisto. Ao legislativo cabe reformular as leis a fim de serem mais abrangentes e acessíveis. O Ministério da Justiça, juntamente com mobilizações sociais, devem veicular palestras e campanhas de adoção que melhor informem a população e estimulem o acolhimento de grupos menos requisitados, com o objetivo de inibir tal exclusão.