Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 16/06/2016

Ao engravidar, os casais não montam as características de seus filhos, então por que, ao adotarem uma criança, tem que ser uma que se encaixe em seus padrões estéticos? A preferencia é crianças brancas, completamente saudáveis e recém-nascidas. Portanto a conquista do processo de adoção foi passar a ser legal perante a lei, e o seu desafio é o preconceito. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, no Brasil há aproximadamente 5,6 mil crianças na fila de adoção, e cerca de 30 mil pessoas querendo adotar. Os números são discrepantes, contraditórios, e evidenciam a existência de um problema: As pessoas na fila para adotar possuem estereótipos de filhos ‘perfeitos’, e não aceitam crianças vindas de favelas e de famílias problemáticas. Os adolescentes são os mais negligenciados, pois estão em uma idade delicada, e teoricamente, já possuem a personalidade formada que talvez não atenda as expectativas de quem está adotando. Por outro lado, segundo o Cadastro Nacional da adoção (CNA), o número de adoção de crianças deficientes cresceu. E é de se esperar que continue crescendo, e influenciando mais pessoas, para que o Brasil vá se tornando um país com menos preconceito, até o dia em que a igualdade social seja evidente. A adoção é um gesto de amor que não deve ser medido pelas características da criança, nem por de onde ela veio, pois toda criança merece a chance de ter um lar. Para tornar o processo adotivo mais confortável para ambas as partes, é importante que o governo forneça assistência psicológica para as crianças que apresentam alguma necessidade, e que aqueles que adotam tenham consciência dos possíveis traumas que a criança possa ter. Para que desta forma, não ocorra casos em que o adotado vire um objeto em devolução. É evidente a necessidade de campanhas que propaguem a ideia de assumir uma criança ou adolescente, por meio de folhetos e propagandas que expliquem sobre o processo de adoção. Cabe ao governo disponibilizar verbas suficientes para atender as necessidades dos orfanatos, e para um melhor atendimento para os adotandos. Por fim, é necessária que acabe o critério da sexualidade na hora da adoção, a ideia de que uma família é composta por papai e mamãe é ultrapassada, e não deve ser um problema.