Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios
Redação enviada em 15/06/2016
Estudo divulgado pela Carta Capital diz que para cada criança na espera por adoção há seis famílias interessadas. Entretanto, a maioria desses adotandos atingem a maior idade e não conseguem ser selecionados. Isso se evidencia não apenas pela preferência, pela maioria dos adotantes, por bebês, mas também pela exigência da cor branca e até mesmo por estado de saúde favorável. É fato que a maior parte das pessoas preferem bebês de até um ano de idade, esse é um fator primordial para o grande número de crianças aguardando em filas de adoção, já que, mais de 80% delas tem mais de cinco anos. Tal preferência se dá pela oportunidade, ainda precoce, dos adotantes em transmitir seus ideais, crenças, valores morais e educação. Segundo Bob Marley, enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra. Daí a evidência de que o ser humano ainda convive com as divergências raciais, e isso reflete nos processos de adoção na sociedade brasileira, visto que, 26,33% dos adotantes só aceitam crianças brancas e que 67,8% das disponíveis não se enquadram nesse perfil. Outrossim, crianças com complicações de saúde são, geralmente, as últimas na fila de espera por adoção, são reféns da seleção natural, comprovada pela biologia, por intermédio da teoria de Darwin, onde afirma que o mais adaptado sobrevive. Logo, é possível notar na prática, o reflexo de uma sociedade de princípios egocêntricos fomentados pela falta consciência moral e ética. O governo deve, portanto, por meio do Ministério da Educação, investir em palestras e debates que visem a conscientização dos alunos a respeito da problemática em voga, a fim de resultados a médio e longo prazo e, a curto prazo, incentivar a população a tal reflexão, pelas vias de propagandas publicitárias, utilizando-se dos diversos meios de comunicação.