A adoção, no Brasil, se tornou um grande desafio. Entretanto, índices comprovam que a cada criança na fila de espera, há seis pais à procura. No caso, o problema não é a falta de adotantes, mas sim a burocracia e as inúmeras exigencias feitas pelos pretendentes. Contudo, cerca de 6000 menores, vivem em situação cuja inserção social se apresenta totalmente abalada. Aliado a isso, casais homoafetivos somam boa parte das intenções adotivas, apesar de enfrentar grandes barreiras. O governo, afim de amenizar a burocracia, deu um grande passo promovendo de forma legal tal processo, porém o próximo passo é ainda maior, pôr fim ao conservacionismo racial, que é base para as dificuldades entrelaçadas a adoção, haja vista que a maior parte dessas crianças abandonadas, ao contrário da procura, são negras. Nesse sentido, bebês de pele escura crescem e perdem ainda mais credibilidade. A frustração de não possuir uma família aumenta quando adolescente, uma vez que a preferência é para recém nascidos brancos de até um ano. Por este meio, enquanto existir escravos de uma cultura preconceituosa, será difícil fazê-los sorrir ao futuro, visto que, crianças claras é preferência até mesmo para pais morenos. Fato que comprova o quão profunda está a raiz. A complexidade da adoção, portanto, não é exclusividade da burocracia. O maior peso, advém de uma cultura imposta pela sociedade desde épocas monarcas, quando o país ainda era colonia, e a integridade moral era imposta pela raça. É necessária a inclusão de todos, com auxílio do governo e mídia. O incentivo à educação a desamparados por ONG's, aparece também como forte aliado, visto que, estes jovens fazem parte importante do futuro do Brasil.