Segundo Darwin, o processo de seleção natural ocorre quando o mais apto é capaz de se reproduzir. Isso, portanto, permitirá para determinada espécie a sua continuidade. O homem, contudo, evoluiu e mostrou que acima da questão genética existe a perpetuação de valores e ideais que podem ser realizadas através do processo da adoção. Esse, por sua vez, apesar de avanços no Brasil, é ainda um problema, pois as crianças não têm se enquadrado no perfil desejado pelos adotantes. Assim, essas crianças continuam na espera por um lar, enquanto que, a cada visita vivenciam mais uma vez a sensação de abandono. Cada vez mais famílias tem se interessado ou cogitado pela possibilidade da adoção. Isso, em virtude da busca pela sociedade por uma estabilidade econômica que tem chegado mais tardiamente. Assim, o projeto da constituição e ampliação familiar pelas vias, ditas como naturais, tem apresentado alguns problemas, pois, envolve algo biológico, como o período fértil do casal, que em alguns casos a própria medicina não consegue solucionar. Desta maneira, iniciar o processo de busca e acolhimento através da adoção tem sido um novo caminho para esses parceiros. A sociedade, entretanto, cria os estereótipos para os filhos ideais. Dentre eles estão traços físicos próximos aos pais, mesma cor de pele e até mesmo o tipo de cabelo. Nesse sentido, de acordo com a variabilidade genética, como descrita por Mendel, fica difícil encontrar as características ditas como perfeitas. Por isso, da mesma forma que o homem evolui para dar um passo para a decisão da adoção, precisa crescer para destituir os modelos de padrões da sociedade e resgatar como princípio a essência do indivíduo. Desta forma, pessoas têm buscado com maior frequência o processo da adoção, no entanto, os critérios desejados tem sido um empecilho para a concretização desse sonho. Assim, cabe ao Estado, amparar essas crianças através de um trabalho psicológico específico. À mídia, cabe divulgar e orientar à população no sentido da importância da adoção, e principalmente, abordar os critérios estabelecidos como um grande limitante no cenário atual. Ao indivíduo, cabe resgatar o senso crítico, e olhar o outro como um ser humano capaz de aprender e perpetuar seus ideais, valores e espiritualidade.