Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios
Redação enviada em 11/06/2016
É comum pensarmos que a adoção de crianças no Brasil é pouco efetivada. Mas, o que não se sabe é que o número de adotantes é relativamente maior ao número de crianças à espera de uma família. Nesse contexto, muitas dessas famílias acabam por não adotar uma criança pelo fato dela não atender seus perfis, sendo necessário algumas mudanças. Em primeiro lugar, um dos fatores que pesa na hora da adoção é a questão racial. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), boa parte das pessoas que procuram por um filho preferem crianças brancas. A preferência por esse perfil pode ser explicado pelo fato de que a maioria dos menores negros tenham vindo de famílias vulneráveis, e portanto os adotantes têm receio em adotar uma criança que possa ser violenta futuramente. Ademais, crianças mais novas são as mais procuradas. Grande parte dos adotantes não conseguem ter filhos, então eles optam por adotar. Sendo assim, esses preferem os mais jovens, pois podem acompanhar seu crescimento desde a fase maternal, o que não poderiam presenciar se tivessem adotado uma criança mais velha. Pode-se dizer, portanto, que há preconceito no processo adotivo, impossibilitando diversos menores a chance de terem uma família. Para reverter essa situação é preciso que o Estado continue a realizar eventos para lembrar o Dia Nacional da Adoção e assim também incentivar as pessoas a adotarem crianças mais velhas. Já a mídia deve transmitir propagandas que mostrem que todas as crianças merecem um lar e assim, portando, se resolveria a preferência por brancos. Sendo assim, em curto prazo todas as crianças aptas a serem adotas encontrarão uma família.