Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 13/03/2018

Segundo pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 6,5 mil crianças cadastradas para adoção e 30 mil pessoas aptas a adotá-las no Brasil. No entanto, as preferências de perfil impostas pelos pretendentes correspondem a somente 9% da realidade das crianças. Tais dados comprovam a triste realidade de preconceito e exclusão infantil no Brasil. Porém, a integração familiar dessas crianças é essencial para a garantia de seus direitos. Nesse sentido, percebe-se que uma mudança na arcaica mentalidade social é necessária e deve ser realizada concatenadamente com o apoio governamental do país. Sabe-se que com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), muitas melhorias ocorreram em prol das crianças e adolescentes. Exemplo disso foi a priorização de processos adotivos de crianças com necessidades especiais e enfermidades, devido ao seu alto índice de rejeição. Porém, a falta de informação e conscientização faz com que haja muito preconceito e medo por parte dos pais, impedindo a superação da deficiência. Além disso, o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), que facilitaria o acesso entre pretendentes e crianças disponíveis, possui regras que variam conforme com a região, dificultando o acesso unificado dos interessados e causando a lentidão do processo. Ademais, a idade avançada e existência de irmãos continuam sendo os maiores empecilhos para a adoção, visto que somente 1% dos pais adotantes acolheria adolescentes, que representam 75% do total disponível, conforme o IBGE. Com isso, a cada dia a mais que passam nos abrigos, os adolescentes se sentem menos esperançosos em relação à oportunidade de encontrar um lar. Consequentemente, apresentam maiores chances de desenvolver problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, prejudicando ainda mais o processo. Outrossim, a permanência de seus laços afetivos é ameaçada, visto que nem sempre os adotantes estão dispostos a perpetuar suas famílias originais. Logo, para que a resolução dos impasses do processo adotivo no Brasil não permaneça como um desafio, é necessário que todas as esferas sociais se mobilizem. O Governo Federal deve, em parceria com o ECA, deve unificar o sistema do Cadastro Nacional de adoção, objetivando um cruzamento mais eficiente de informações entre a criança e seus interessados e o processo de adoção seja mais rápido.Somado a isso, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) deve estimular, por meio de todos os canais de comunicação, campanhas e publicidades que sensibilizem e conscientizem a população sobre a importância da família na vida das crianças e adolescentes, a fim de que o preconceito referente à idade, raça ou gênero seja combatido e as crianças do país conquistem mais igualdade social.