Na antiguidade, reis que não podiam ter filhos para os suceder utilizavam a adoção como garantia da continuação do reinado com o nome da família. No entanto, atualmente, o processo adotivo é importante tanto para casais que não podem ter filhos, quanto para as crianças a serem adotadas. Contudo, apesar de muitas conquistas no sistema adotivo, o Brasil possui desafios que precisam ser atenuados. Por isso, é mister elucidar estratégias e analisar fatos a fim de serem tomadas medidas cabíveis e decisões satisfatórias para o bem comum. A priori, é valido ressaltar que desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) vários objetivos foram alcançados sobre a adoção no Brasil. Como exemplo, a perfilhação por casais homoafetivos. Ademais, a Criação do Cadastro Nacional de Adoção(CNA), que possui dados de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e dos possíveis adotantes de todas as Varas da Infância e da Juventude do país. Todavia, muitas crianças e jovens que vivem em abrigos não são incluídos nesse cadastro devido pendências, como a necessidade de destituição do poder familiar ou os parentes biológicos ainda não estão sendo procurados. Com isso, a burocracia no processo faz com que eles demorem, causando desistência dos futuros pais. A posteriori, é importante destacar, também, que de acordo com o Conselho Nacional de Justiça(CNJ), mais de cinco mil crianças estão disponíveis para adoção em todo país e trinta e três mil pessoas estão querendo adotar. Diante da discrepância dos dados, é possível perceber que existe critérios para a escolha dos futuros filhos. Segundo o CNJ, a maior procura é por bebês brancos e do sexo feminino. Além disso, cerca de oitenta por cento dos adotantes preferem crianças menores de cinco anos. Como consequência, a disparidade entre pessoas a serem adotadas e que querem adotar aumenta. Diante desses aspectos, é possível inferir que apesar de ter alcançado algumas vitorias, o sistema adotivo brasileiro precisa de melhorias. Portanto, é imprescindível que o Governo Federal, por intermédio do ECA, agilize as ações de destituição familiar, visando a rapidez dos processos. Além disso, que a mídia realize programas que busquem encontrar os parentes biológicos e através de propagandas estimulem a adoção sem critérios. É fundamental, por fim, que ONG’s em conjunto com a mídia, por meio de publicidade e ações comunitárias, incentivem a adoção tardia, mostrando que toda criança precisa de amor e família.