Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 10/10/2016

Desde a Antiguidade, praticamente todos os povos praticaram o ato de adotar crianças e acolhé-las como filhos naturais. Hodiernamente, o sancionamento do Estatuto da Criança e do Adolescente exemplifica a evolução no tratamento dos menores. Entretanto, posturas discriminatórias e, até mesmo culturais, não permitem que haja uma efetiva inclusão dos jovens no convívio familiar. Dessa maneira, convém analisar que existe uma eficiente abordagem legislativa para proteger os direitos das crianças, porém, o encalço está na sua aplicação. Isso porque, segundo o Conselho Nacional de Justiça, das cinco mil crianças aptas a adoção, a maioria não se encaixa no perfil desejado pelos possíveis adotantes, menores de um ano de idade e brancas. Assim, uma sociedade que ignora a real situação daqueles, bem como a morosidade judicial, é responsável pela inoperância das medidas estatais. Esse contexto é evidenciado pela existência de pessoas que visam, primordialmente, suprir a vontade de ter um "filho ideal", e não, garantir o direito da criança de ter uma família. Ademais, consoante a Talcott Parsons, "as famílias são fábricas que produzem personalidades humanas", destaca-se a importância do convívio familiar na formação do caráter das crianças e dos adolescentes. Portanto, o desenvolvimento desses não depende do tipo familiar (hetero, homossexual ou uniparental), mas, sim, do vínculo afetivo e do carinho entre pais e filhos. Dessa forma, o estado civil dos interessados deve influenciar menos na decisão judicial durante o processo de adoção, em comparação a dedicação dos interessados em fornecer afeto e educação aos menores. Destarte, medidas devem ser tomadas para resolver a problemática. Para isso, é preciso que o Governo Federal invista em campanhas publicitárias que informem a população, em geral, sobre a importância da família no comportamento e na construção de valores de crianças e adolescentes, com o fito de evitar que os menores sejam devolvidos aos abrigos e esses sintam-se rejeitados. Outrossim, ONGs que defendem os direitos das crianças, e a mídia televisiva podem divulgar o Apadrinhamento Afetivo, a fim de incluir as crianças e adolescentes, que ainda não foram adotadas, em um convívio social e familiar.