Atualmente, no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional da justiça (CNJ), existem cerca de 6323 crianças e adolescentes aptas para a adoção, porém são poucas que são adotadas de forma efetiva, pelo fato de poucas serem brancas e com menos de um ano de idade, o grande padrão estabelecido pela maior porcentagem de pais adotivos. Neste sentido, os futuros papais e mamães estabelecem expectativas nas características físicas da criança a ser adotada, como se fossem mercadorias a serem escolhidas em uma vitrine de uma loja. Uma atitude que ataca os direitos humanos, além de ser perceptível a herança escravocrata do Brasil colonial, em que os negros eram enxergados como produtos. Outro fator de escolha a ser destacado, é se a criança é portadora de alguma doença crônica ou deficiência, pois apesar de existir a lei que dá preferência ao processo de tramitação da criança portadora de deficiência, cerca de 70% dos pais adotivos só aceitam crianças sem déficits físicos ou intelectuais, segundo dados do CNJ. Algo lamentável, já que eles são seres humanos como qualquer outro indivíduo. Desse modo, é necessário que o Poder Legislativo incentive a adoção de crianças como mais de um ano de idade, independentemente da cor ou se é ou não portadora deficiência, além do Ministério da Educação promover palestras que demostre a importância da inclusão da criança no meio social e também campanhas midiáticas que eduque os adultos contra os preconceitos estabelecidos durante o processo de adoção dos seus futuros filhos.