O filme ‘’O destino de uma vida’’, conta a história de Khaila, uma viciada em drogas que abandona o filho em um lixão. O garoto é salvo, e então a assistente social Margaret o adota. Anos depois Khaila se reabilita e quer o filho de volta. E então começa uma briga pela criança e se torna também uma briga racial. Já fora das telas, a questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução, no processo adotivo. Assim, muitas famílias ainda traçam um perfil baseado nas relações racialmente constituídas no Brasil, onde o belo é branco e o preto é feio. Dessa forma, permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. No Distrito Federal, por exemplo, há cerca de 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Dessa forma, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério das Comunicações deverá criar campanhas de incentivo à adoção tardia e de conscientização racial, visando destacar a importância do acolhimento familiar. Além disso, assistentes sociais , juntamente com psicólogos, deverão abordar palestras com as famílias que queiram adotar crianças, sobre a importância da adoção de crianças negras, independente da cor raça ou gênero do casal adotante. Assim alcançar-se á, uma desconstrução, no processo adotivo brasileiro.