Parafraseando Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "Modernidade Líquida". O processo adotivo, no Brasil, ainda enfrenta impasses, no qual reflete essa realidade, pois os filhos a serem adotados devem dispor de características físicas ou psicológicas, Logo, é imprescindível uma análise crítica para reverter essa adversidade. O dever da Constituição de 1988, é propiciar igualdade à todos os cidadãos, entretanto, isso não ocorre plenamente. Pois muitas crianças são segregadas na escolha da adoção. Afinal, grande parte dos casais exigem crianças com fenótipo específico: crianças com pouca melanina e com idade até um ano. Porém, tais características perpassam somente uma pequena parcela da sociedade. Vale ressaltar também, que casais homossexuais ainda enfrentam dificuldade na adoção. Esse quadro acontece porque, muitos ainda acreditam que casais gays incentivará seus filhos em sua "opção sexual". O que é um equívoco. Dessa Forma, a superlotação nas instituições de adoção tem crescido exponencialmente. Portanto, medidas são necessárias para solucionar a liquidez citada inicialmente. Para isso, é imperativo a atuação do poder Legislativo, criando leis para facilitar a adoção, além da protocooperação com o poder Judiciário, acelerando os processos adotivos. Ademais, é de fundamental importância que a mídia brasileira crie campanhas publicitárias, expondo a necessidade de adoções de crianças de raças diferentes, idades elevadas e etnias diversas. Somente assim estará combatendo, de forma eficaz, esse impasse.