Título da redação:

Padronização da família brasileira

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 08/07/2016

A adoção é considerada, pelo senso comum, como um ato heroico por parte daqueles que o fazem, pois, acolher um novo ser, não biológico, em sua família para o resto da vida é um grande impacto. E muitos fatores são listados como motivos para a adoção; Infertilidade, uniões homo afetivas, sentimento de bondade e até o aumento da família, por exemplo. Apesar da grande disponibilidade de adotantes, critérios de escolha do adotando, somado aos critérios, psicológicos e financeiros, exigidos dos futuros pais e o lento processo judicial contribuem para que o processo seja demorado e cansativo, tanto para os pais como para as crianças ou jovens. Ao se candidatar a um processo seletivo para adotar é de se imaginar que esses pais querem um filho ou filha para partilhar o seu amor e sentimento paternal. Contudo, na prática os pais são exigentes e em sua grande maioria exigem meninas, até os 3 anos de idade e da cor branca, segundo a revista Época. Dificultando ainda mais o processo, já que apenas uma pequena parcela das crianças e jovens apresentam as características exigidas pelos pais. E esses pais que indiretamente, somam para que as crianças mais velhas e adolescentes sejam fadadas a eternos órfãos. Embora, a idealização do futuro filho (a) seja feita pelos pais muito antes do início do processo, psicólogos, profissionais das áreas sociais e juristas examinam os pais a fim de selecionar aqueles que são aptos mentalmente e economicamente para lidar com a adoção para o resto de suas vidas. Mas, é questionável o modo como é feito essa seleção que além de demorada, ainda apresenta falhas, o que pode se observar que após alguns anos alguns pais devolvem a criança que a algum tempo atrás foi desejada com tanto afinco, ignorando totalmente o fato da adoção ser um ato irrevogável. Ainda é notório o constante desafio do governo para manter o funcionamento adequado do processo adotivo do Brasil, mas é imprescindível que o poder legislativo crie e reformule as regras de adoção a fim de trazer maior eficácia e rapidez no processo para que adotandos e adotados fiquem satisfeitos. Cabem as ONG’S e a mídia que divulguem e derrubem os preconceitos etários e raciais para critérios adotivos. E principalmente uma maior preparação dos pais e que esses levem em conta o histórico da criança, que a mesma terá sua própria personalidade e que em certos momentos a criação será mais difícil, independente de ser um filho(a) biológico ou não.