Título da redação:

O processo adotivo no Brasil

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 24/08/2016

Após a Segunda Guerra Mundial, devido à altas taxas de natalidade, houve um rápido crescimento populacional na Europa e no mundo, inclusive no Brasil.Tal acontecimento, nos países desenvolvidos, passou por amplo amparo de políticas públicas na tentativa de estabelecer um equilíbrio demográfico. Porém, aqui no Brasil nenhuma medida foi tomada e até hoje os impactos são visíveis: um grande número de crianças e adolescentes órfãos distribuídos em diversas instituições de adoção aguardando por uma família. Indubitavelmente, o país tem um grande impasse a resolver. Ao mesmo tempo em que há uma alta demanda de adotantes e crianças e jovens aptos a serem adotados, também, há diversos empecilhos que dificultam esse processo que deveria ser simples.O principal obstáculo a ser enfrentado é a lei que tem se mostrado desatualizada e muito burocrática, dificultando, por exemplo, a adoção por parte de famílias homoafetivas e unipessoais, e deixando os interessados, em geral, anos nas filas de espera.Outro ponto que influencia no andamento do processo é a escolha de um fenótipo específico por parte dos adotantes : crianças brancas e com até um ano de idade.Isso intensifica o problema, uma vez que essas são características da minoria dos órfãos. Em contrapartida, segundo dados do IBGE, no Brasil o número médio de filhos caiu 18,6%, de 2,14 filhos nascidos vivos por mulher para 1,74,o que possivelmente indica que as famílias atuais estão planejando melhor sua estrutura e consequentemente, o número de crianças abandonadas deve cair daqui pra frente. Algo ótimo, uma vez que as instituições de adoção já sofrem com superlotações. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse.O poder legislativo deve criar e/ou reformular as leis para facilitar a adoção por parte de todos os interessados, de forma igualitária e flexível. O poder judiciário, por sua vez, deve otimizar os processos adotivos para que sejam mais rápidos e eficazes, beneficiando tanto os adotantes como os adotados.A mídia, como formadora de opinião, deve incentivar à adoção e tentar quebrar barreiras de preconceito, mostrando que amor não tem raça, cor e nem idade.