Título da redação:

O maior desafio é o preconceito

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 23/06/2016

Preconceito, dúvidas, receio ou medo por parte do adotante, incapacitam muitas crianças com algum tipo de limitação de terem um lar adotivo. Cerca de 5.600 crianças estão na fila da adoção, deste total mais de 1.200 possui algum tipo de problema de saúde conforme revelam dados do Conselho Nacional de Justiça- CNJ. Crianças com histórico de gestação indesejada, maus tratos, abandono ou a própria entrega de seus responsáveis aos abrigos. Negligenciados por quem deviam lhe dar amor e jogados nas mãos do estado, do governo ou na porta de algum estranho. Realidade de muitos em Inúmeros abrigos espalhados no Brasil. infelizmente há um cenário muito burocrático, e ainda o desafio na mudança, talvez cultural dos próprios brasileiros, ao ter preferências tão excludentes na escolha idealista de perfeição e cor, tornando esta situação ainda mais desafiadora. Infelizmente parte brasileira ainda é preconceituosa, sentimento este que fica claro no preenchimento da ficha de interesse na adoção, na visita as crianças ou no seu apadrinhamento, que garante ajuda principalmente financeira aquela criança. Até o momento, estima-se que existam mais de 26.000 inscritos aguardando a sonhada e idealizada criança, de certa forma abrindo assim, espaço para adoções internacionais nas quais os pretendentes se colocam a disposição, independentemente de característica físicas, étnicas, mentais ou idade. Deixando a desejar neste ponto a burocracia brasileira que se coloca como rígida e longa demais, ultrapassando 4 anos te espera para adoção definitiva. Além disso, outro ponto desafiador é a adoção tardia, que acontece quando estas mesmas crianças vitimas de preconceito finalmente encontram um lar, porém com a idade mais avançada, resultando em outro possível problema: o da convivência. Há também a adoção especial onde a criança é portadora de alguma limitação de leve a grave e que também enfrenta essa pré-disposição a não ser escolhida para adoção devido sua condição. Embora no Brasil exista uma enorme lista de pessoas interessadas em acolher uma criança em contra partida os próprios aumentam este tempo na espera, devido o afunilamento na escolha das características físicas, mentais, raciais e idade. Revelando um país racista, preconceituoso, exclusivista, o que deu inicio a uma serie de trabalhos voluntários, apoiadores da adoção independentemente do quadro de saúde do escolhido, como a ONG Anjos da guarda ou o abrigo Casa do Zezinho, que incentiva a adoção de portadores de deficiência que conta com a ajuda voluntária para manter os mais de 83 portadores de deficiência a espera de apadrinhamento. Sendo assim é perceptível que é necessários ainda mais meios de conscientizar inclusive jovens sobre esta realidade, e uma ação mais coercitiva do estado ao lidar com o preconceito promovendo ainda mais campanhas nacionais para estimular a adoção como a feita em 2012 que trabalhou a questão das dúvidas no procedimento, no acompanhamento, das leis que prever o andamento do processo e de políticas que diminua a espera na fila.