Útero invertido. Casal homoafetivo. Calcificação uterina. Vocação para a maternidade. Vocação para a paternidade. Esses são alguns dos motivos de pais sem filhos que esperam na fila de adoção, mesmo assim esses futuros pais não conseguem realizar seus sonhos e porquê? O processo adotivo no Brasil já obteve diversas conquistas, mas ainda precisa enfrentar muitos desafios. O processo de apadrinhamento juvenil, medida de incentivo à perfilhação, é uma das conquistas obtidas ao longo dos anos, No entanto, esse programa promissor se mostrou fadado ao fracasso; já que faltaram investimentos na divulgação, fazendo com que poucos conheçam essa iniciativa, e a demora no processo desestimularam ainda mais os que querem fazer parte da iniciativa. Ademais, grande parte dos progenitores têm uma criança idealizada e na hora que preenchem a ficha de cadastramento colocam diversos requisitos, escolhendo a criança que esteja mais perto do filho perfeito, idealizado. Dessa maneira, 67.8% das crianças não são adotadas por não terem pele clara, enquanto outras não são adotadas por terem algum grau de deficiência ou faixa etária superior aos cinco anos. Logo, é necessário reafirmar que as adversidades no perfilhamento não decorrem apenas pela falta de incentivo do governo brasileiro, mas também pela idealização do filho adotivo. É preciso então que ONGs juntamente ao governo brasileiro criem medidas de conscientização sobre projetos adotivos e a mídia incentive a adoção de crianças com idade superior aos cinco anos, de pele escura e com algum tipo de deficiência. Somente assim, será possível obter novas conquistas no programa adotivo.