Título da redação:

Novos meios, novos lares

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 19/06/2016

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, há mais de 5 mil crianças aptas para adoção e mais de 30 mil famílias interessadas. Entretanto, nota-se que tais famílias possuem muitos parâmetros para adoção dos pequenos, entre eles o sexo, a cor e a idade, tendo como consequência um déficit quanto ao número de adoções. Desde cedo, as crianças que vivem em orfanatos são apresentadas ao preconceito e a seleção social. Julgadas incapazes de satisfazer as exigências fúteis de muitas pessoas, elas acabam sendo esquecidas pela sociedade e privadas do amor e carinho que poderiam receber e oferecer. Além disso, a burocracia, que envolve o processo adotivo no Brasil, acarreta para desistência de muitas famílias. No entanto, pode-se observar conquistas em relação ao processo de filiação. Hoje, não somente casais heteroafetivos tem direito à adoção, mas também pessoas solteiras e casais homoafetivos. Tal abertura proporcionou o aumento do número de adoções por ano em 30% segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Para garantir que os pequenos terão um lar propício para seu desenvolvimento, o ECA estabelece alguns conceitos para julgar apta a família pretendida. A estabilidade familiar e financeira são fundamentais para o conforto da criança, além do direito sucessório garantido por lei. Apesar de todo avanço, muitas barreiras ainda precisam ser quebradas. O preconceito enraizado no pensamento social não pode se estender aos pequenos cidadãos que, muitas vezes, já sofreram com abandono, a negligência e a violência da família biológica. Para que essa realidade seja mudada, se faz necessário a educação da população em relação aos métodos contraceptivos para que uma gravidez indesejada não tenha como consequência mais uma criança no orfanato. Campanhas incentivadoras do apadrinhamento também seriam viáveis, além de uma maior agilidade no processo adotivo para que não ocorra desistência das famílias. É preciso esquecer-se dos padrões sociais preconceituosos para adoção pois o amor e a felicidade de uma criança não faz distinção.