Título da redação:

Não é feira livre!

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 30/06/2016

Esse não é bom! Esse é muito escuro! Esse é muito velho! Esse é preto! Esse branco é bom! Os pretensos pais adotivos não sabem distinguir as crianças que estão em orfanatos com as frutas de uma banca de feira. Querem levar para casa o mais bonito, o mais branco. Mas o filho biológico pode nascer com a pior de todas as doenças e independente de cor, eles receberão os mais amorosos afetos. Ingrid Matuoka repórter da revista Carta Capital, apresentou em seu artigo de 2015 dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, no qual o número de famílias aptas a adotar é seis vezes maior que o número de crianças. Ou seja, as famílias estão selecionando crianças brancas e os bebês com até um ano de idade. Desse modo, essa prática esta na contramão do avanço no processo adotivo. Por outro lado, o Estatuto da Criança e do Adolescente avança significativamente nessa questão ao igualar os direitos e garantias dos filhos adotivos com os consanguíneos. Dessa forma, fica evidente que o maior desafio é mudar a mentalidade das famílias, uma vez que o Estado proporciona garantia jurídica e as crianças independentemente de sua cor ou idade querem ser adotadas. Portanto, podemos concluir que para melhorar essa realidade uma das saídas é acabar com o preconceito quanto à raça e idade por parte das famílias que querem adotar. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização intensificadas para as famílias que já estão cadastradas no processo adotivo. Com subsidio do Estado essas palestras podem ser ministradas por psicólogos, assistente social dentre outros profissionais.