Ao analisar o problema da adoção no Brasil, vê se que ele tem origem no preconceito enraizado desde a colonização brasileira, até mesmo quando querem lutar por algo tão burocrático que é adotar uma criança/jovem. É por isso que essa escolha seletiva deve ser revista se realmente pretendem adotar alguém. Segundo o CNJ, no Brasil há 6 adotantes para cada adotado e apesar disso, os abrigos continuam superlotados, isto porque estão mais dispostos a adotarem menores de até 1 ano e com pele clara. O problema é que esses são as minorias nos lares de adoção e essa rejeição faz com que as crianças fiquem mais tempo do que deveriam em abrigos. Outrossim, o poder judiciário tem grande parcela de culpa, pois a demora que levam para poder ceder a guarda provisória, tem atrasado o processo adotivo, levando cerca de 2 anos para a liberação. Outro fator é que o cadastro deve ser revisto, pois torna o processo de adoção muito seletivo, fazendo com que as crianças mais velhas/negros/que tenham irmãos sejam esquecidas. Assim como disse Ghandi, “temos que nos tornar a mudança que queremos ver”. Portanto, é necessário que o CNJ juntamente com o CNA, torne o cadastro impessoal de modo a diminuir as exigências feitas pelos adotantes. Além disso, é necessário que influenciem as pessoas a adotarem também as crianças mais velhas, utilizando assim o apadrinhamento afetivo, aumentando as chances destes serem adotados. Dessa forma há de diminuir consideravelmente o número de crianças em abrigos.