A adoção no Brasil remete desde os períodos coloniais , em que senhores tinham filhos de terceiros , chamados de "filhos de criação" , geralmente usados como mão-de-obra gratuita.Essas práticas de adoção ilegal , foram diminuídas ao longo dos anos , graças à mudanças legislativas , porém atualmente ainda enfrenta problemas no processo adotivo por preconceitos com a cor e idade das crianças . A forma de filiação herdada dos antepassados constitui um empecilho , visto que grande parte das adoções eram feitas de maneira ilegal , sendo a mais conhecida como adoção à brasileira , em que se registrava a criança diretamente no cartório sem as devidas formalidades .Mas , em 1828 a legislação dá atenção à prática adotiva e depois em 1990 a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), vindo a garantir a legitimidade e direitos do adotado . Contudo, mesmo com os significativos ganhos no sistema grande parte das crianças deixam de ir para um lar por conta da sua idade ou raça . Fato afirmado por dados do Conselho Nacional de Justiça , que assegura como 87,42% das crianças maiores de cinco anos e que somente 11% dos adotantes aceitam esses menores . E 26,33% dos possíveis pais preferem crianças brancas , sendo a maior parte , que é 67,8% , não-brancas . Portanto , o processo adotivo no Brasil garantiu conquistas , como o ECA ,mas enfrenta embates durante as adoções por conta do biotipo dos menores ser rejeitado pelos pais .Diante disso , necessita-se de medidas por parte do Governo , escola e sociedade , como a veiculação de propagandas na mídia que estimulem e esclareçam a prática adotiva , a criação de mais órgãos como o ECA , a fim de otimizar o processo filiativo e a introdução de palestras e debates sobre o tema em faculdades e instituições , com o intuito de esclarecer o assunto aos acadêmicos , os quais se tornarão possíveis pais .