O processo adotivo no Brasil desenvolve-se de forma lenta. Tornou-se mais comum entre casais homoafetivos e tem-se maior adesão da população, por meio da mídia, da divulgação e da comunicação nas redes sociais sobre a importância deste gesto de amor. Porém, há muito a ser feito para diminuir o índice de crianças e adolescentes sem família. Devido grande parte da população brasileira não ter acesso a informações sobre os métodos contraceptivos, inúmeras crianças são abandonadas por serem fruto de uma gravidez indesejada, ocasionando um aumento no número de crianças nas instituições de acolhimento. Entretanto, no Brasil, a burocracia é a principal dificuldade encontrada no processo de adoção, sendo que, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o número de pessoas que pretendem adotar um filho é sete vezes maior do que o número de crianças e adolescentes cadastradas como disponíveis para adoção. Pois, as exigências dos pais não condizem com as crianças e adolescentes dos abrigos, na maioria das vezes crianças até cinco anos e brancas são mais aceitas e crianças com traços parecidos com o pai ou com a mãe. O que demonstra certa preocupação com futuros constrangimentos, assim, a adoção é vista por algumas famílias tradicionais como uma pessoa não legitima do carinho e do afeto da família, podendo gerar transtornos psicológicos e emocionais nos indivíduos da mesma. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação e o Ministério da Saúde poderiam trazer o conhecimento da importância do uso de preservativos e outras maneiras contraceptivas, realizar palestras nas escolas sobre conscientização e preservação sexual entre os jovens. Ademais, o Ministério da Justiça poderia tornar a adoção menos burocrática e realizar campanhas que incentivem a adoção sem descriminação de raça, cor ou etnia. Todavia, os futuros pais deveriam escolher as crianças por vontade de proporcionar-lhes um lar e dar-lhes educação e amor.