Título da redação:

Filho sem perfil

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 20/02/2017

A adoção no Brasil é a única forma legal de tornar alguém, criança ou adolescente, nascido de outra pessoa como filho. Qualquer pessoa maior de 18 anos, que tenha 16 anos de diferença entre o adotado e avaliado pela Vara da Infância e Juventude, pode adotar. A maior dificuldade da adoção no Brasil é a diferença entre o perfil idealizado pelos adotantes e as crianças disponíveis para serem adotadas. Além disso, há a questão da burocracia e da baixa disponibilidade dos pretendentes em adotar irmãos. Os pretendentes a adoção tem um perfil idealizado para a criança que querem adotar: procuram crianças de até 1 ano, do sexo feminino e de cor branca. Isso exclui cerca de 70% das crianças e adolescentes disponíveis, pois a maioria é constituída de pardos, com mais de seis anos de idade. Isso ocorre pois muitas vezes o motivo do casal ou pessoa recorrer a adoção é a infertilidade. Isso explica muitas vezes porque esses futuros pais criam perfis para o filho adotivo perfeito. Mesmo possuindo seis vezes mais pretendentes a adoção do que crianças/adolescentes disponíveis, o processo de adoção no Brasil é lento e burocrático. O motivo disso é que a adoção e a desvinculação da antiga família são feita somente em último caso pela Justiça. Deve-se implementar meios mais eficientes para fiscalizar e aprovar os adotantes. Além disso, deve-se desconstruir o perfil de filho adotivo ideal, pois isso exclui a maioria das crianças disponíveis. O governo tem que encaminhar a criança para o lar correto onde ela deve ser aceita do jeito que ela é.