Pode ser considerado unanimidade para muitos indivíduos, que um bom e saudável ambiente familiar resulta em uma boa formação de caráter e dos ideais de uma pessoa. Ainda que alguns sejam rejeitados desse ambiente, e outros almejam acolher esses excluídos, o processo de adoção no país ainda enfrenta barreiras. Uma delas, é a disparidade que existe entre os números de crianças e adolescentes sujeitos a adoção, e o número famílias interessadas nesse processo. O preconceito com a cor, gênero e até mesmo com aqueles com necessidades especiais, são fatores que servem como “filtro” para a busca do “filho perfeito”. Outra problemática se reside no próprio conceito de família, que nos últimos anos, vem sendo assunto para debates acalorados. A adoção realizada por casais homossexuais ainda é motivo de intolerância e estranheza, pois muito entendem que dois homens, ou duas mulheres, não possuem a estrutura necessária para criar e educar uma criança. Na sociedade atual, é um absurdo que os componentes de uma família suscitem mais atenção e “cuidado” das autoridades, do que o reconhecimento de sua função. Independentemente dos membros dos pais, ou da raça, gênero e as limitações físicas e mentais do filho, é preciso conceder amor a cada um, principalmente em uma sociedade bastante intolerante e perigosa, e com indivíduos ainda no início da vida. Afinal, se a base se corrompe ou não amadurece, todo o resto é comprometido.